ENA - Agência de Energia e Ambiente da Arrábida
22 Fev 2021
Sesimbra, Setúbal e Palmela unidos pela proteção ambiental.

Jornal SemMais. Prevenir os prejuízos causados por temperaturas elevadas ou chuvas torrenciais é um dos objetivos. Identificados os problemas, o próximo passo consiste em aplicar soluções no terreno.


Os municípios de Setúbal, Sesimbra e Palmela vão ter, individualmente, planos que lhes irão permitir enfrentar de forma mais eficaz as alterações climáticas que já interferem ou podem vir a interferir no bem estar das respetivas populações e na preservação do seu património natural. O objetivo deste projeto, da responsabilidade da ENA – Agência de Energia e Ambiente da Arrábida, passa por encontrar solução que possam minorar problemas como a precipitação violenta, a erosão, ou as temperaturas excessivas.

Em declarações ao Semmais, a diretora executiva da ENA, Cristina Daniel, disse que o plano passa por, ao longo de 18 meses, traçar estratégias individuais para cada um dos municípios em causa e, posteriormente, aplicar cada um desses projetos no terreno. “Estes três municípios fazem parte de um consórcio constituído por seis entidades, onde se incluem também a agência, o Instituto de Geografia e Ordenamento do Território (IGOT), da Universidade de Lisboa, e a Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT), da Universidade Nova de Lisboa”, explicou.

Planos municipais visam proteger comunidades, paisagens e terrenos

Cristina Daniel esclareceu ainda que cada um dos três concelhos envolvidos no PLAAC – Planos Locais de Adaptação às Alterações Climáticas já identificou as vulnerabilidades existentes em termos ambientais. A partir de agora, e depois de elaborados os projetos, espera-se que o trabalho a desenvolver no terreno proteja não só as pessoas, como também os terrenos e a paisagem. “As transformações ambientais já existem e vão notar-se ainda mais no futuro, pelo que urge criar medidas para minorar e acautelar os previsíveis efeitos nefastos”, adiantou a mesma responsável.

“Com os novos instrumentos, o território da Arrábida irá criar condições para reduzir o risco climático, diminuir os eventuais impactos e promover a sua adaptação, através da identificação e caracterização das vulnerabilidades já detetadas, mas também das que venham a ser referenciadas”, disse ainda Cristina Daniel.

A diretora executiva da ENA afirmou também que o projeto envolve um montante superior a 165 mil euros, dos quais 90 por cento serão provenientes de comparticipações. Através de um acordo, países como a Noruega, Islândia e Liechtenstein tornam-se parceiros dos estados membros da União Europeia, apoiando financeiramente, através de um mecanismo plurianual (EEA Grants) um conjunto de países onde se inclui Portugal. Os EEA Grants, adiantou, tem como objetivo reduzir as disparidades sociais e económicas na Europa, assim como promover o reforço das relações bilaterais entre os três países promotores e as nações beneficiárias.

Em nota de imprensa, a ENA diz que, para o período compreendido entre 2014 e 2021, foi acordada uma contribuição total de 2,8 mil milhões de euros a distribuir por 15 países beneficiários, sendo que a Portugal cabem 102,7 milhões de euros.

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