ENA - Agência de Energia e Ambiente da Arrábida
06 Dez 2019
A Área Metropolitana de Lisboa apresenta o Plano de Adaptação às Alterações Climáticas

Os 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa (AML) subscreveram o Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climáticas (PMAAC), um documento que avalia o impacto climático e as vulnerabilidades regionais, apontando medidas de adaptação aos principais riscos identificados.


A Área Metropolitana de Lisboa apresentou o passado dia 6 de dezembro o Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climáticas numa cerimónia que decorreu no Museu dos Coches. O evento começou com a apresentação do PMAAC, documento que avalia os impactos climáticos e as vulnerabilidades dos territórios, e aponta medidas e ações de adaptação para cada um dos principais riscos e vulnerabilidades climáticas sinalizadas na região de Lisboa: subida do nível das águas do mar, secas, cheias e calor extremo.

A questão da subida do nível das águas do mar afeta todos os municípios estuarinos e, no caso costeiro, particularmente Mafra, Sintra, Almada, Sesimbra e Setúbal. No caso das cheias, a principal área de incidência são os municípios da AML Norte, com maior preocupação para os concelhos onde as bacias hidrográficas têm maior impacto, como Cascais, em Oeiras, Sintra, Loures e Odivelas.

O plano chama a atenção para um aumento crescente, nas últimas quatro décadas, quer na duração, quer na regularidade de ondas de calor, com implicações sobre os sistemas ecológicos, mas sobretudo com implicações muito críticas sobre a saúde humana. Os municípios que menos serão prejudicados serão Mafra e Sintra, porque “o ar da sua frente atlântica tem um efeito de mitigação dos extremos térmicos”.

A regularidade cada vez maior de secas coloca problemas sobre os recursos hídricos, sobre os sistemas ecológicos e sobre os sistemas agroflorestais, defendendo a necessidade de maior eficiência hídrica nas áreas urbanas, no processo industrial e no processo agrícola. As secas serão sobretudo um problema crítico na Lezíria de Vila Franca de Xira, mas também no interior da Península de Setúbal.

O PMAAC resulta “da colaboração das 18 autarquias, de inúmeras entidades da administração central relacionadas com os setores estratégicos de adaptação, de organizações não governamentais, e de representantes dos setores privado, associativo e cooperativo”.

Após a apresentação, os 18 municípios que compõem a AML assinaram um documento, através do qual se comprometem a tomar medidas políticas, de acordo com as especificidades identificadas para os respetivos concelhos.

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