ENA - Agência de Energia e Ambiente da Arrábida
11 Jun 2018
Projeto ESMARTCITY

Fomentar cidades mais inteligentes na região MED através de redes de
colaboração


1. Breve descrição do projeto

A complexidade dos desafios enfrentados pelos municípios é cada vez maior. Os efeitos da crise económica têm sido devastadores em muitas zonas da Europa, com a região mediterrânica a ser mais gravemente atingida e o modelo social a ser enfraquecido em diversas áreas. As alterações climáticas vieram acrescentar novas ameaças, com inundações e secas cada vez mais comuns. A necessidade de envolver os cidadãos de forma mais ativa na resolução de problemas comuns é também predominante. Assegurar o desenvolvimento socioeconómico sustentável e a qualidade de vida nos municípios europeus exige uma mudança transformadora.

 

O conceito de "Cidade (ou Município) Inteligente" é uma resposta aos desafios anteriormente mencionados. Pela definição de inteligência, uma cidade considera-se inteligente quando nela são identificados "investimentos em capital humano e social, em infraestruturas e tecnologias modernas de comunicação e de transporte, em crescimento económico e elevada qualidade de vida baseados em combustíveis alternativos e aliados a uma gestão inteligente dos recursos naturais e de governança participativa". O Município Inteligente é aquele que procura o equilíbrio entre as necessidades económicas, sociais e ambientais, ambiciona um paradigma de crescimento verde e sustentável e reconhece o crescimento económico e a sustentabilidade como pré-requisitos para o bem-estar dos cidadãos.

 

Mobilizar os municípios para a mudança, reinventar a forma como operam e interagem com os cidadãos, tornando-os mais sustentáveis, colocando a tecnologia ao serviço dos cidadãos, são metas a atingir, contribuindo para que os municípios se tornem mais inteligentes. A omnipresença das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) tornou estes objectivos mais viáveis do que nunca. Além disso, a tecnologia ultrapassa o seu papel de potencial facilitador do bem-estar urbano assumindo-se como um novo modelo de Cidade (ou Município) enquanto ambiente de inovação, um ambiente que promove a inovação aberta orientada para utilizador.

 

Neste contexto, a cidade (ou município) é considerada como o objeto de inovação; também é visto como um ecossistema dinâmico de inovação que pode produzir cenários inovadores de trabalho e vida.

 

Colocar a tecnologia ao serviço do cidadão é uma meta a cumprir. Evoluções tecnológicas como Open Data, Internet de Coisas e Serviços, Internet do Futuro, estão entre aqueles que podem ajudar a alcançar o progresso nos municípios nos próximos anos. Criar um ambiente em municípios que suporte aplicativos digitais, enriquecendo-o com dispositivos inteligentes, sistemas integrados e sensores/atuadores, e criando, no topo dessa infra-estrutura, aplicativos para recolha e processamento de dados, parece ser o caminho a percorrer. Criar aplicações e serviços eletrónicos para os cidadãos para todos os setores da atividade urbana pode revolucionar a forma como as cidades (ou os municípios) trabalham, melhorar a vida das pessoas, criar um tecido económico de elevado valor, melhorar o emprego e ajudar a evitar a «fuga de inteligência”.

No entanto, apesar da disponibilidade de tecnologias e das suas aplicações-piloto em diferentes municípios da Europa, o mercado relevante ainda não está desenvolvido. A principal razão para isso é que ele continua pressionado pela tecnologia. Os impactos positivos da transformação urbana inteligente não estão bem demonstrados, resultando na ausência de uma regulação municipal adequada. Os ecossistemas de inovação necessários não estão bem estabelecidos, resultando na fraca aceitação e participação dos utilizadores finais e dos cidadãos.

2. Objetivos

O projeco tem como objetivo principal a melhoria das capacidades de inovação dos Municípios da região MED, através da criação de ecossistemas de inovação que incluam cidadãos, empresas, investigadores e académicos e autoridades públicas, reforçando o conceito Smart City. A cidade (ou município) não é vista apenas como objeto de aplicação da tecnologia, mas sim como um ecossistema de inovação que pode produzir cenários de vida e de trabalho.

3. Coordenador e parceiros

Coordenador: Abruzzo Region (IT)

Parceiros: ENA (PT), Politecnico di Milano (IT), Metropolitan City of Milan (IT), Energy Agency of Granada (ES), Region of Western Greece (GR), Industrial Systems Institute (GR), INRIA (FR), East Sarajevo Development Agency (BA)

4. Investimento

Representa um investimento total de 2.500.000€ nas regiões abrangidas pelo consórcio do projeto. 

Para mais informações sobre o projeto ESMARTCITY não hesitem em contactar a ENA, Agência de Energia e Ambiente da Arrábida na Avenida Belo Horizonte, Edifício Escarpas Santos Nicolau, em Setúbal, através do e-mail: geral@ena.com.pt, telefone 265 546 194, ou visite o site do projeto ESMARTCITY e do Programa Interreg MED.