No dia 23 de novembro, o dia da Floresta Autóctone, lembramos que a floresta é o principal uso do solo em Portugal, do qual ocupa mais de um terço.
A floresta autóctone é formada por árvores originárias de um determinado território, e em Portugal, das 103 espécies autóctones identificadas, destacam-se o carvalho, o medronheiro, o castanheiro, o loureiro, a azinheira, o azereiro, o sobreiro, a aveleira, a alfarrobeira, o freixo, o choupo-branco ou o salgueiro-branco, entre outras espécies menos conhecidas como o pau-branco (endemismo açoriano) ou o marmulano (endemismo madeirense).
As espécies autóctones estão mais adaptadas às nossas condições de solo e clima comparativamente com espécies introduzidas, sendo por isso mais resistentes a pragas e doenças, a longos períodos de seca ou de chuva intensa.
Fazendo parte do nosso ecossistema, são matéria-prima de produtos essenciais da nossa vida, regulam o ciclo hidrológico e a qualidade da água, formam solo e contribuem para a manutenção da sua fertilidade, para o equilíbrio biológico das paisagens e para a diversidade dos recursos genéticos, constituindo-se como importantes lugares de refúgio e reprodução para inúmeras espécies animais autóctones, algumas em vias de extinção.
Embora de crescimento mais lento, as espécies autóctones são normalmente mais resistentes e resilientes aos incêndios florestais, o que aliado ao facto de apresentarem períodos de exploração mais longos, resulta na maior retenção de carbono, reforçando o seu papel fundamental na regulação do clima e contribuindo para a redução do efeito estufa.
Proteger e preservar as espécies autóctones, especialmente as que se encontram em risco de desaparecimento, passa por gerir os habitats atuais, recuperar as paisagens degradadas e reforçar a presença destas espécies, nomeadamente através de ações de plantação, ou ainda via reprodução ex-situ, isto é, fora dos habitats naturais, criando capacidade de conservação de biodiversidade e evitando a extinção de espécies mais vulneráveis.
Neste dia, queremos partilhar o documentário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto-Douro (UTAD) sobre a nossa floresta autóctone e a Floresta Comum: https://youtu.be/lraLbxcNMwY